Van Gogh E A Cor Do Sol

O melhor da pintura chega agora às crianças com simplicidade e delicadeza. O artista Caulos apresenta ao público infantil alguns dos maiores talentos da História da Arte. Neste volume, Vincent Van Gogh. Vincent Van Gogh (1853-1890) deixou a escura Groot Zundert, sua cidade natal, para "pintar o mundo colorido e iluminado como pintavam os pintores lá na França". Em busca do sol, o artista se estabeleceu em Arles, no sul da França, e lá produziu algumas de suas mais importantes obras – repletas de cores, luzes e traços inconfundíveis –, mesmo sem que ninguém desse muito valor a elas naquela época. De forma simples e poética, Caulos consegue mostrar ao pequeno leitor – na medida exata da sua compreensão e sensibilidade – que a curta vida de Van Gogh, repleta de momentos dramáticos, foi bem mais sombria que seus quadros luminosos. No sexto volume da coleção premiada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), o autor, artista plástico e ilustrador Caulos narra a trajetória de um dos maiores gênios da pintura com a simplicidade e o lirismo que marcam seus livros para crianças, feitos de textos curtos e precisos e traços graciosos e bem-humorados. Van Gogh e a cor do sol é uma bela homenagem a um dos maiores pintores de todos os tempos, capaz de encantar os olhos, aguçar a curiosidade e estimular a sensibilidade infantil.

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Van Gogh e a cor do sol Dedicatória Vincent van Gogh Créditos O Autor

Vincent van Gogh nasceu na Holanda e aprendeu a desenhar e pintar sozinho.

Seus modelos eram os camponeses trabalhando na terra...

... plantando

ou comendo batatas em suas casas iluminadas pela luz dos lampiões.

Suas pinturas eram escuras como o céu de Groot Zundert, a cidade onde ele nasceu.

Mas Vincent queria pintar o mundo colorido e iluminado como pintavam os pintores lá na França. Então ele foi para Paris conhecer aqueles artistas e a cidadeluz (o apelido da capital francesa).

Van Gogh queria mais, não ficou satisfeito com as luzes artificiais de Paris e foi para Arles, que fica no Sul da França, onde morava o Sol.

Lá, alugou uma casa amarela

e pintou, com muita inspiração, girassóis,

amendoeiras em flor

e “a luz que vem de dentro das pessoas”, como escreveu para o Theo, falando do retrato de Madame Ginoux, dona do Café de la Gare, em Arles.

Theo van Gogh era o seu irmão que vivia em Paris, trabalhava em uma galeria de arte e tentava vender os quadros que Vincent pintava sem parar.

Mas parece que ninguém apreciava aquelas figuras luminosas, aqueles céus amarelos,

as flores brilhantes...

... e as estrelas girando na noite.

Para o povo de Arles, van Gogh era “um pintor esquisito” que pintava noite e dia.

Quando saía para pintar à noite, ele acendia velas em volta do seu chapéu. Assustadas com aquela figura estranha,

muitos zombavam: – Parece maluco! Nem todos entendem uma boa ideia.

Vivendo no mundo que imaginava, como fazem os verdadeiros artistas, van Gogh pintava a realidade, as flores, as montanhas e o carteiro da cidade, seu amigo Joseph Roulin.

O pintor holandês de barba vermelha e unhas sujas de tinta pintava com emoção, pintava sinceramente.

É por isto que quando admiramos um quadro do van Gogh podemos sentir no rosto a brisa que sopra nas montanhas, balança as árvores, faz ondas nos campos de trigo e movimenta as nuvens no céu, coloridas como algodão-doce

ou ouvir o grito dos corvos no céu amarelo do Sul da França, num dos últimos quadros que ele pintou. Os corvos voavam agitados e barulhentos sobre o campo de trigo e Vincent retratou o que viu com a honestidade do seu estilo claro como o dia, mas a sinceridade muitas vezes não é compreendida nem desejada. Quase ninguém prestou atenção.

Fim.

Este livro é dedicado ao dr. Carlos Alberto Leite que, como os artistas, sabe o que somos e o que sentimos.

Vincent van Gogh (1853-1890) Vincent (como assinava suas obras) viveu apenas 37 anos, mas pintou quase 900 quadros. Quando estava feliz, pintava com muita pressa e, mesmo atormentado, van Gogh sabia o que queria pintar. Seu irmão Theo conseguiu vender apenas uma tela do artista, por 400 francos, mas o pintor não parece ter se importado com isto, pintou com muita determinação até o último dia. Seus quadros não vendiam, mas eram admirados e respeitados pelos colegas em Paris e até por alguns críticos, que não puderam imaginar onde o pintor holandês levaria a arte moderna. Ele transformou a pintura clássica, que criticava por retratar “pessoas que não trabalhavam”, numa arte muito mais colorida. O expressionismo, o fauvismo e até o abstracionismo do século 20 são descendentes de van Gogh. No dia 15 de maio de 1990, o Retrato do Dr. Gachet (primeira versão) foi vendido num leilão da Christie’s em Nova York por 82 milhões e quinhentos mil dólares. Os desenhos que ilustram este livro (pastel e lápis de cor sobre papel) são baseados nas pinturas originais de van Gogh. Imagem 3, L’ Arlesienne: Madame Ginoux, 1888 (óleo sobre tela 91 x 73 cm). The Metropolitan Museum, Nova York Imagem 5, A plantação de batatas, 1885 (óleo sobre tela 33 x 41 cm). Kunsthaus, Zurique Imagem 6, Camponesas trabalhando a terra, 1883 (óleo sobre tela 27 x 35 cm). Museu van Gogh, Amsterdam Imagem 7, Os comedores de batata, 1885 (óleo sobre tela 82 x 114 cm). Museu van Gogh, Amsterdam Imagem 8, Aldeia no pôr do sol, 1884 (óleo sobre tela 57 x 82 cm). Museu van Gogh, Amsterdam Imagem 9, Le Moulin à Poivre, 1887 (óleo sobre tela 57 x 82 cm). Museu van Gogh, Amsterdam Imagem 10, O pintor a caminho do trabalho, 1888 (óleo sobre tela 57 x 82 cm). Destruído na Segunda Guerra Mundial Imagem 11, A casa amarela, 1888 (óleo sobre tela 76 x 94 cm). Museu van Gogh, Amsterdam

Imagem 12, Girassóis, 1888 (óleo sobre tela 93 x 73 cm). National Gallery, Londres Imagem 13, Amendoeira em flor, 1888 (óleo sobre tela 48 x 36 cm). Museu van Gogh, Amsterdam Imagem 14, L’ Arlesienne: Madame Ginoux, 1890 (óleo sobre tela 65 x 54 cm). Museu de Arte de São Paulo Imagem 15, Íris, 1890 (óleo sobre tela 74 x 92 cm). The Metropolitan Museum, Nova York Imagem 16 e Imagem 17, Noite estrelada, 1889 (óleo sobre tela 73 x 92 cm). The Museum of Modern Art, Nova York Imagem 23, Retrato do carteiro Joseph Roulin, 1889 (óleo sobre tela 64 x 54 cm). The Museum of Modern Art, Nova York Imagem 28, Corvos sobre o campo de trigo, 1890 (óleo sobre tela 51 x 101 cm). Museu van Gogh, Amsterdam Imagem 29, Retrato do Dr. Gachet (segunda versão), 1890 (óleo sobre tela 68 x 57 cm). Musée d’Orsay, Paris

Copyright © 2012 texto e ilustrações by Caulos Direitos desta edição reservados à EDITORA ROCCO LTDA. Av. Presidente Wilson, 231 – 8º andar 20030-021 – Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 3525-2000 – Fax: (21) 3525-2001 [email protected] www.rocco.com.br Coordenação Digital MARIANA MELLO E SOUZA Assistente de Produção Digital MARIANA CALIL Revisão de arquivo ePub MANUELA BRANDÃO Edição digital: abril, 2017.

CIP-Brasil. Catalogação na Publicação. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ C362v Caulos Van Gogh e a cor do sol [recurso eletrônico] / Texto e ilustração Caulos. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Rocco Pequenos Leitores, 2017. recurso digital il. – Primeira edição (Pintando o sete) ISBN 978-85-62500-84-8 (recurso eletrônico) 1. Gogh, Vincent van, 1853-1890 - Literatura infantojuvenil. 2. Literatura infantojuvenil brasileira. 3. Livros eletrônicos. I. Caulos (Ilustrador). II. Título III. Série.

17-39387

CDD: 028.5 CDU: 087.5

O texto deste livro obedece às normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

O Autor Caulos nasceu em Araguari, Minas Gerais, e vive no Rio de Janeiro. Foi piloto da marinha mercante até descobrir que queria mesmo era ser desenhista. Seus desenhos foram publicados em jornais e revistas do Brasil e do exterior. Hoje ele se dedica exclusivamente à pintura e aos livros infantis.

Um rei sem majestade Lisboa, Adriana 9788562500985 32 páginas

Compre agora e leia Coleção Ver DiVersoTem coisas que só fazem sentido acompanhas de outra. Em versos simples e sonoros, característica singular da literatura de Adriana Lisboa, Um rei sem majestade passeia por esse mundo conectado, quando uma coisa depende da outra para ter vida, para ter um gostinho a mais. Seus versos formam quase um mantra ou mesmo um rap. Experimente recitá-lo em voz alta, ritmado por palmas. Som e imagem que nos conduzem a uma incrível e maravilhosa viagem.

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Quase de verdade Lispector, Clarice 9788581226088 48 páginas

Compre agora e leia Lançado postumamente, em 1978, Quase de verdade tem como protagonista a força da fantasia e do pensamento na transfiguração da "realidade". Ao lado de Água viva (1973), A hora da estrela (1977) e Um sopro de vida (1978), obras destinadas ao público adulto, o infantojuvenil se caracteriza pela radicalização do mergulho na linguagem e do questionamento de conceitos como realidade/fantasia, verdade/mentira, normalidade/mágica. "Pois não é que vou latir uma história que até parece de mentira e até parece de verdade?", diz o narrador, Ulisses, que assegura: "sou um cachorro quase normal. Ah, esqueci de dizer que sou um cachorro mágico: adivinho tudo pelo cheiro: Isto se chama ter faro." Nesta obra, marcada pelo traço autobiográfico, a história que Ulisses "late" para sua dona, Clarice, é apenas o ponto de partida para o mergulho num mundo fantástico. Com vontade de "ganhar muito dinheiro", uma figueira invejosa "que não dá figos" traça um plano para obrigar galinhas a colocarem ovos continuamente. Ajudada por uma bruxa, a árvore consegue ficar acesa todas as noites, como se o sol batesse nas suas folhas. As galinhas, "pensando que era sempre dia", passam a produzir ovos sem descanso. No entanto, as aves decidem se rebelar e "exigir seus direitos". Estrategicamente, se posicionam no alto dos galhos da figueira "ditatorial", a fim de que os ovos se quebrem ao caírem no chão. Por fim, o plano se frustra, o feitiço acaba e a paz

retorna ao galinheiro.

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O dia de Chu Gaiman, Neil 9788562500909 36 páginas

Compre agora e leia O dia de Chu está cheio de atividades.Logo cedo, ele vai à biblioteca. Depois, segue para o almoço e à tarde vai ao circo.Preocupados, seus pais perguntam a toda hora se Chu vai espirrar.Mas o que pode acontecer de tão ruim quando esse bebê panda espirra?Com ritmo narrativo e bom humor, o autor de Coraline, Os lobos dentro das paredes e O livro do cemitério, entre outros sucessos juvenis, mostra que também sabe falar a língua dos pequeninos, com frases bem curtas, mas que carregam um quê de provocação. Numa parceria bemsucedida, as ilustrações ultracoloridas de Adam Rex complementam a história com detalhes para lá de divertidos.O dia de Chu recebeu elogios da imprensa americana e alcançou a cobiçada lista dos mais vendidos do The New York Times.

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